São Paulo, quinta-feira, 16 de março de 1995
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Atlas histórico; Tempo real; Falência da educação; Gordura do Banco do Brasil; Um pesadelo de viúva; Excluído, portador do HIV; Demissões sem critério; Como viver com o salário mínimo; A Previdência está falida?; Dívida a ser resgatada; Superguarda-livros

Atlas histórico
"O atlas histórico Folha/"The Times" é mais um valioso presente aos leitores. Parabéns pela iniciativa!"
Mario Negreiros dos Anjos (Rio de Janeiro, RJ)

"Não poderia deixar de me manifestar com o lançamento do atlas histórico. A iniciativa proporciona enriquecimento cultural ao país."
Vito Corrado Vella (Orlândia, SP)

Tempo real
"Profícuo o trabalho da Folha no caderno Tempo real. Se o Congresso não tornar oportuna a implantação da reengenharia, como pretende o presidente Fernando Henrique Cardoso, a próxima catástrofe será a ruptura generalizada. Aliás, ela já se manifesta em doses homeopáticas. Exemplo: sequestros, assaltos, greves, desobediência civil, suicídios etc."
Benedito Sabino Torchi (Maringá, PR)

Falência da educação
"Pessoas como Marcelo Coelho devem continuar denunciando a falência do sistema educacional. Nós, educadores, devemos nos organizar para mudar o atual modelo. Além do vestibular 'acabar' com a escola, o que acontece é que quando os jovens se formam percebem que não estão preparados para o mercado de trabalho."
Maria Bernadete Zillo (Lençóis Paulista, SP)

"Parabéns a Marcelo Coelho pelo excelente artigo 'Educação despreza a vida elementar' (edição de 10/03). Somente com uma educação libertadora é que poderemos levar o Brasil a uma situação privilegiada no contexto econômico, político e social."
Evenilton Renault (Ituiutaba, MG)

Gordura do Banco do Brasil
"Em editorial publicado em 8/03 ('Por falar em gordura'), a Folha expressa opiniões no mínimo apressadas e superficiais sobre o Banco do Brasil. O Banco do Brasil é uma instituição centenária, que apesar de se dedicar a funções que não interessam à iniciativa privada, vem conseguindo, ao longo de sua história, apresentar lucros expressivos. A questão das relações entre governo e instituições financeiras federais é bastante séria para ser reduzida a possíveis 'injunções fisiológicas'. A solução dos problemas atuais do BB, em particular, e da rede bancária estatal, vista globalmente, passa pela regulamentação do artigo 192 da Constituição, que trata do sistema financeiro."
Joel Bueno, secretário de bancos federais da Confederação Nacional dos Bancários (São Paulo, SP)

Um pesadelo de viúva
"Ao tomar conhecimento da reportagem intitulada 'Um sonho de viúva', na edição deste mês da revista 'Sexy', utilizando conotação depreciativa, caluniosa, e realizada à minha revelia (envolvendo o meu nome e a minha imagem, o do meu saudoso falecido marido e o da minha família), registro aqui o meu protesto e solicito seu especial favor, que leve ao conhecimento da opinião pública que, em nenhum momento, fiz declarações à revista citada, cuja 'repórter', ao que parece, se empenhou em produzir uma matéria puramente sensacionalista a meu respeito, distorcendo os depoimentos conseguidos sobre minha vida pessoal."
Maria Thereza Pereira de Lyra Collor de Mello (Maceió, AL)

Excluído, portador do HIV
"Já é uma tradição, na Quaresma, a CNBB nos convidar à fraternidade. O convite à fraternidade deste ano reflete sobre o tema dos excluídos. Eu me vejo incluído num grupo especial de excluídos: a Igreja nos denomina em seus textos e no vídeo de 'aidéticos'. Rejeita-se o rótulo 'aidético' para lembrar que o HIV só ataca humanos e que a infecção provocada por esse vírus não nos torna uma espécie diferente. Na vontade de construir a fraternidade, eu torno pública a minha disposição de perdoar o Colégio Arquidiocesano de São Paulo, que em 87 me demitiu do cargo de professor, justificando que eu era portador do HIV. A minha disposição de perdoar estende-se também para o Colégio Santana, onde em 89 fui demitido do cargo de professor, pois o colégio não sabia lidar com a informação aos pais, aos alunos e aos professores de que um professor estava com o HIV. Mas para perdoar eu preciso saber se eles querem o meu perdão. Só perdoarei se os colégios fizerem um pedido de desculpas publicamente."
Mário Rudolf (São Paulo, SP)

Demissões sem critério
"Dia 10/03 li, surpresa, a coluna de José Sarney sobre top quarks. No dia em que o ex-presidente escreve sobre o impacto da ciência, PhDs e funcionários do Centro Nacional de Recursos Genéticos e Biotecnologia da Embrapa recebem, chocados, aviso de demissão. Os recursos investidos no preparo de cientistas de alto nível e no desenvolvimento de seus projetos são públicos. Demissões sem critério seriam uma visão do que é bom para o país? A C&T no Brasil é analisada num dos últimos números da 'Science'. Somos comparados aos tigres asiáticos, que em 20 anos aumentaram em 20 vezes a porcentagem do PIB investido na área. Os resultados dispensam comentários."
Isabel Kinney Ferreira de Miranda Santos (Brasília, DF)

Como viver com o salário mínimo
"Tenho que parabenizar o ombudsman Marcelo Leite pelo comentário a respeito da pergunta feita pelo repórter da Folha ao presidente Fernando Henrique (edição de 19/02). Concordo com a opinião de que 'todas as perguntas são legítimas, à luz da liberdade de expressão e do direito à informação'."
Soleu Filho (Lages, SC)

A Previdência está falida?
"Continua a vergonhosa ação do governo contra a Previdência Social. Depois de usar a mídia para convencer a nação de que o aumento do mínimo era impraticável por gerar rombo na mesma, edita agora a MP 935 que permite ao governo cobrir parte do déficit público em recursos da 'comprovadamente falida' Previdência."
Humberto A. M. Fadini (Rio de Janeiro, RJ)

Dívida a ser resgatada
"Há 34 anos o salário é arrochado para segurar a inflação, pois os 'gênios' dizem que não se pode consumir. No entanto, o consumo é a mola do progresso. Nada deu certo, nada está dando certo e nada dará certo enquanto os interesses de poucos se sobrepuserem aos interesses do povo. Há uma enorme dívida social a ser resgatada."
Clovis Fernando Dias Machado (Rio de Janeiro, RJ)

Superguarda-livros
"No artigo do colunista Carlos Heitor Cony sob o título 'Superguarda-livros', publicado em 9/03, o tipo lá descrito corresponde ao do contador. Ocorre que, em 1965, no regime militar, a Contadoria Geral da República foi extinta e de lá para cá os controles das contas públicas ficaram a cargo dos economistas. A estes, pois, devem ser dirigidos as críticas do artigo. O desprezo à contabilidade, que não usa artifícios e mostra, sempre com clareza, a situação em que se encontra a 'res publica', é que tem levado ao caos o país, pela completa falta de transparência das contas públicas."
Sérgio Approbato Machado, ex-presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Estado de São Paulo (São Paulo, SP)

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