São Paulo, sexta-feira, 17 de março de 1995
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Mário Sérgio deixa o Corinthians

WILSON BALDINI JR.
DA REPORTAGEM LOCAL

Um vendaval de demissões atingiu ontem o Departamento de Futebol do Corinthians.
O vice-presidente Romeu Tuma Jr., o diretor Francisco Papaiordanou e o técnico Mário Sérgio pediram demissão.
Tuma Jr. já havia anunciado que iria sair anteontem à noite, logo depois do empate (0 a 0) com o Santos. Papaiordanou decidiu sair em solidariedade ao seu chefe.
Sem os seus dois principais aliados no clube, Mário Sérgio também decidiu não continuar. Ele deixa o Corinthians no meio de uma crise técnica.
O clube não vence há cinco jogos —quatro empates pelo Campeonato Paulista e um pela Copa do Brasil (leia texto abaixo).
Tuma Jr. e Papaiordanou oficializaram sua demissão numa reunião com o presidente do Corinthians, Alberto Dualib, que durou duas horas.
Já Mário Sérgio nem foi ao clube. Mandou seu procurador Ivan Guerra Coimbra. O presidente do clube, Alberto Dualib, ainda tentou uma reunião com o técnico, mas ele recusou.
"Já estou em trabalho para começar a tratar da rescisão do contrato do Mário Sérgio", afirmou seu procurador.
Coimbra não deverá encontrar problemas para isso. A principal dificuldade, uma multa rescisória de R$ 200 mil, não poderá ser cobrada pelo clube.
O contrato estabelece que, em caso de mudança na diretoria de futebol, Mário Sérgio poderia se demitir sem ter que pagar a multa.
É exatamente o que aconteceu.
Tuma Jr. disse que pediu demissão por dois motivos. No Corinthians, ele teve atritos com os departamentos de Esportes Amadores e de Marketing.
Um dos pontos de atrito é o contrato com a Penalty, que fornece material esportivo ao clube. Tuma Jr. disse que nem sabe o valor do contrato. "Um vice-presidente não pode ser mantido à parte desse jeito."
Além disso, ele disse que vinha sendo pressionado pelo o Clube dos Treze (associação dos clubes brasileiros de maior torcida) por não ter comparecido à sessão que deu apoio à reeleição de Ricardo Teixeira à presidência da CBF.
Tuma Jr. disse que, no final do Campeonato Brasileiro de 1994, seu time foi "muito prejudicado" pela CBF.

Texto Anterior: Kirmayr vai treinar Conchita Martínez; Jacqueline e Sandra vencem no Caribe; Mundial de juniores sai da Nigéria; Time do Barcelona critica Stoichkov; Briga pode interditar estádio no Uruguai
Próximo Texto: Técnico fica dez jogos no cargo
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.