São Paulo, domingo, 19 de março de 1995
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Câmera na mão, penico na cabeça

Ludmila Dayer, 11 anos, carioca de ascendência alemã, já sabia que iria ser atriz quando crescesse. Só não esperava que fosse tão rápido e inesperado. "Ela é uma descoberta minha", gaba-se Bianca de Felippes, produtora de "Carlota Joaquina".
Uma outra menina, originalmente escalada para o duplo papel de Carlota quando criança e da escocesa Yolanda, foi retirada do set de filmagem aos berros pelo pai. Motivo da fúria paterna: uma cena num prosaico penico que a miniatriz teria de realizar.
No desespero, Bianca saiu de câmera na mão percorrendo as escolas de dança flamenca do Rio de Janeiro atrás da substituta. Filmou "milhões" de garotas. Escolheu Ludmila. "Ela é de uma graça e um profissionalismo incríveis", diz Bianca.
Em alguns dias, Ludmila assimilou o básico de inglês e espanhol - as duas línguas que fala no filme - e nem precisou de aulas de interpretação. "Uma atriz nata", afirma a diretora Carla Camurati.
Agora, além da súbita fama no colégio Imaculada Conceição, onde estuda, a garota conta com outra vantagem sobre os colegas: "Conheço tudo sobre esta parte da história brasileira".

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