São Paulo, segunda-feira, 20 de março de 1995
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Presidente vai encontrar Richa

WF

Em São Paulo
O governador Mário Covas (PSDB-SP) acabou por fazer ontem o papel de porta-voz do presidente Fernando Henrique Cardoso ao anunciar que FHC vai se encontrar com o ex-senador José Richa (PSDB-PR) para discutir a possibilidade dele ser o articulador político.
Richa está em viagem aos Estados Unidos e, segundo Covas, não marcou retorno. O ex-senador e o presidente ainda não teriam conversado sobre o assunto, de acordo com Covas. "Mas é um excelente nome para o cargo", emendou o governador paulista.
Covas disse que Richa tem como ponto positivo o fato de estar disponível, além de ter bom trânsito político. "É um bom nome para se agregar ao governo", afirmou.
O governador paulista disse ainda que ele e o presidente falaram do PSDB e "mal de muita gente, como dois amigos antigos fazem".
Segundo Covas, na conversa FHC concordou que a presidência do partido deve ficar com o senador Arthur da Távola (RJ) —solução que ele classificou de "temporária" até o ano que vem, quando serão convocadas novas eleições para o PSDB.
Covas reafirmou as críticas que fez à insistência do ministro das Comunicações, Sérgio Motta, de manter-se na secretaria-geral do partido. Disse que Motta deveria dar vez a outras pessoas.
"Ano que vem, quando tiver as eleições no partido, será que ele vai se candidatar para se licenciar no dia seguinte?", questionou Covas. O governador disse isso não era uma crítica à pessoa do ministro.
No sábado, ao sair do apartamento de FHC, o ministro disse que a crise do PSDB, que resultou na renúncia de Pimenta da Veiga da presidência, era "uma coisa já superada".
Covas afirmou que o governo deve ter mais dificuldades nas reformas das áreas tributária e administrativa federal, por causa dos fortes lobbies.
Ele não vê problemas com as emendasda ordem econômica.

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