São Paulo, segunda-feira, 20 de março de 1995 |
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USP leva professores-ministros para jantar
XICO SÁ
O local escolhido foi o restaurante Massimo (região central de São Paulo). A casa reservou o seu andar superior para 31 pessoas, entre professores e assessores do presidente e do governador Mário Covas (SP). O esquema de segurança deu um ar de grandiosidade oficial ao evento: fechou a alameda Santos durante a entrada (20h22) e a saída da comitiva do restaurante (23h30). Para o "promoter" do jantar, o reitor Flávio Fava de Moraes, a USP devia uma homenagem aos seus ex-alunos e professores que emplacaram no poder este ano. Estavam presentes, além de FHC e a primeira-dama Ruth Cardoso, outros ex-professores da USP, como o ministro Adib Jatene (Saúde), Francisco Weffort (Cultura) e os secretários estaduais Miguel Reale Jr. (Administração), David Zylberrsztajn (Energia) e José Afonso da Silva (Segurança). Covas representava o bloco dos ex-alunos que escalaram o poder. Em três grandes mesas, os comensais relembraram histórias da vida na USP. Enquanto isso, degustavam a entrada —que incluiu salmão marinado, carpaccio e rosas de presunto cru. "Falamos muito também sobre as diferenças entre a cultura americana e brasileira", contou Weffort. "E um pouco sobre o sucesso do modelo econômico do Chile." O ministro e o secretário Reale Jr. disseram que não foi falado "nada chato", como a crise mexicana, mexidas no câmbio, etc. Na saída, FHC não falou com a imprensa. A conta, como é de praxe, ficou para o autor do convite —o reitor da USP. Fava de Moraes disse que a despesa será rateada entre professores da universidade. Um jantar como o de sábado, para 31 pessoas, custa em média R$ 2,2 mil. Nem o restaurante nem o reitor divulgaram o valor. Texto Anterior: Presidente vai encontrar Richa Próximo Texto: NA PORTA DO PRESIDENTE Índice |
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