São Paulo, segunda-feira, 20 de março de 1995
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USP e Unicamp são contra

PATRICIA DECIA
DA REPORTAGEM LOCAL

A Universidade de São Paulo (USP) e a Estadual de Campinas (Unicamp) também são contra a realização do exame instituido na Medida Provisória.
O reitor da USP, Flávio Fava de Moraes, diz que nota registrada em histórico escolar poderá estigmatizar o aluno por toda sua carreira profissional.
Segundo ele, muitas variantes podem influenciar o aluno durante a prova, acarretando um alto risco de que seu desempenho no curso não se reflita na nota final. "Um aluno considerado média oito pode acabar com um seis no exame do MEC", afirma Fava.
Para o reitor da Unicamp, José Martins Filho, o exame pode até ser usado como instrumento de avaliação, mas, sozinho, não dará bases para o Ministério definir a qualidade da instituição.
Entre as universidades particulares, a reação à MP é a mesma. A principal preocupação do presidente da Anup (Associação Nacional das Universidades Particulares) Antônio Veronezi, é de que os alunos possam boicotar a escola.
"Se um grupo resolver entregar a prova em branco, a universidade será prejudicada injustamente."
Veronezi afirma que as particulares são a favor de algum tipo de avaliação.
(PD)

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