São Paulo, segunda-feira, 20 de março de 1995
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'Falange' é a menor entre as maiores

MARCELO REZENDE
DA REDAÇÃO

Torcidas organizadas, assim como boings intercontinentais, se dividem em três classes distintas.
E se a comparação é mesmo válida, a "Falange Tricolor" parece estar difinivamente condenada a assistir o jogo por trás do gol. O que, em uma escala de valores entre torcidas, significa que ela vem por último. Ela é a menor entre as maiores torcidas do São Paulo.
Significa também tentar fazer o maior barulho possível com apenas quatro bandeiras, um número impreciso de bixigas (estouradas precisamente quando o São Paulo entra em campo) e, por fim, um grupo que não chega a vinte pessoas.
Um trabalho que tem seu grau de dificuldade maior quando se imagina que o adversário do dia é o Corinthians, que promete cantar durante os 90 minutos "aquele" samba enredo campeão do Carnaval.
Mas, segundo Sandra Regina Ferraz, 23, esse é um dia muito atípico. A torcida tem 2.000 filiados. "É que nosso ônibus ficou detido pela polícia. Por causa de bomba e esse negócio de violência". E talvez por já estar acostumada pelo acaso, espera que mais companheiros da "Falange" apareçam para empurrar o time. No final, o São Paulo perde e apenas mais quatro torcedores surgem. O que não significa nada para quem adora seu time. E sua torcida.

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