São Paulo, segunda-feira, 20 de março de 1995 |
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ITA vai aceitar mulheres no ano que vem
MARIA REGINA ALMEIDA
Até este ano, só homens podiam ingressar nos cursos oferecidos pelo instituto que fica em são José dos Campos (São Paulo). A não-participação de mulheres era uma das exigências da lei que criou o curso, em 1950. Os alunos avisam para as pretendentes que o curso é muito "puxado" e que quem quiser se habilitar terá que abrir mão de preciosas horas de lazer. Todos os cursos são oferecidos em período integral (veja quadro ao lado). O estudante do primeiro ano de engenharia de computação no ITA Yassuki Takano, 18, acredita que as mulheres não terão dificuldades para se adequar ao curso por serem organizadas. Ele acha que a participação de mulheres vai tornar o curso "mais relaxado". "Atualmente, o rigor que existe pode ser atribuída ao fato de o ITA ter apenas homens". O aluno do terceiro ano de engenharia aeronáutica Feres Fares, 24, concorda que a carga horária de estudo é muito exaustiva. "A gente tem fama de não saber falar banalidades e de ser muito bitolado", brinca. Ele vê com bons olhos a entrada de mulheres no ITA. "Vai mudar o visul do curso", disse. Para Takano, a medida já deveria ter sido tomada, uma vez que a proibição era inconstitucional. As mulheres poderão tentar uma vaga no ITA a partir do próximo vestibular, em 1996. Texto Anterior: Lindberg troca passeata por paternidade Próximo Texto: Garotas estudam para exame Índice |
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