São Paulo, terça-feira, 21 de março de 1995
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Solidez deve ser critério básico

CLÁUDIO CSILLAG
DA REDAÇÃO

Este guia sobre planos de saúde apresenta uma análise comparativa de 31 planos privados de saúde e do público, o SUS (Sistema Único de Saúde).
Os planos foram selecionados a partir de listas de entidades que representam o setor.
A escolha dos convênios médicos foi feita baseada na listagem oficial da Abramge (Associação Brasileira das Empresas de Medicina de Grupo).
A dos seguros-saúde (Golden Cross seguro, Bradesco, Sul América, Porto Seguro, Marítima, Vera Cruz, Notre Dame e Itaú), em lista da Fenaseg (Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização).
Para as Unimeds, existentes em praticamente todo o país, foi escolhida a Unimed de São Paulo.
Não foram incluídas as organizações que vendem apenas planos coletivos.
Os indicadores ao lado oferecem uma idéia resumida da solidez de cada organização, aspecto importante de um produto que é nada menos do que a assistência médica ao usuário e a seus dependentes.
Eles sugerem a capacidade competitiva dos planos, que pode ajudar na decisão de compra.
Informações como a variação no número de usuários dão uma indicação do desempenho da organização em atrair novos clientes.
Chama a atenção, por exemplo, que o número de usuários do Bradesco tenha aumentado 450%, enquanto o da Interclínicas tenha caído em praticamente um terço.
Apenas essa qualidade mercadológica, entretanto, não basta como critério de compra.
A própria Interclínicas tem um baixo índice de usuários particulares (pessoas físicas) e, consequentemente, alta proporção de empresas que a contratam para cuidar de seus funcionários.
A queda pode se dever mais ao desinteresse dessas empresas em continuar contratando-a do que a um mau atendimento médico.
O que pode ser o caso. Segundo o Datafolha apurou, a Interclínicas apresenta o maior índice de usuários satisfeitos (empatado, tecnicamente, com o da Trasmontano).
A proporção dos gastos da organização por usuário pode sugerir uma previsão da saúde financeira da organização.
Empresas que gastam na atividade final —cobertura médica— uma parcela baixa do que arrecadam podem sugerir ineficiência administrativa e falta de competitividade. As que gastam mais do que arrecadam podem deixar prever grandes dores de cabeça para os usuários.

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