São Paulo, terça-feira, 21 de março de 1995
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Usuário deve ser responsável

CLÁUDIO CSILLAG
DA REDAÇÃO

Não adianta comprar um bom plano e ter acesso a excelentes médicos se o usuário não souber usar os serviços de maneira adequada.
Ir excessivamente a consultas, exigir exames e visitar pronto-socorros a qualquer suspeita de problema médico faz mal —não só para o plano comprado mas para o país, que pode ver —como os EUA— suas despesas médicas consumirem uma fatia cada vez maior do Produto Interno Bruto.
O melhor relacionamento entre o plano e o usuário é o baseado no atendimento primário —aquele feito nos consultórios e o que mais estimula, por sinal, um bom relacionamento médico-paciente.
O atendimento em consultório deve responder por cerca de 85% do total, de acordo com padrões técnicos.
Os planos podem ser responsáveis por desvios para mais e para menos desse ideal (veja figura ao lado), mas o usuário também tem, muitas vezes, parte da culpa pelas distorções.
É ele quem opta em ser atendido em PS quando, por exemplo, deveria ter agendado uma consulta.
É ele também que se deixa impressionar por aviões e helicópteros —de utilidade restrita— e não por uma boa rede de atendimento primário.
Excesso de confiança em aparato médico —devidamente detectado pelos planos, que propagandeiam justamente equipamentos caros— igualmente dificulta um bom atendimento primário.
(CCs)

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