| São Paulo, terça-feira, 21 de março de 1995 |
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Controle de qualidade é raro
CLÁUDIO CSILLAG
Muito planos, infelizmente, excluem formalmente formas simples de prevenção, como check-ups e vacinações, de suas coberturas. Mau negócio para eles. Como os custos de prevenir um infarto são incomparavelmente menores do que os de remediá-lo —exames, cirurgia, transplante etc.—, seria econômico estimular a prevenção do ataque cardíaco. Menos da metade dos planos consultados mostrou conduzir programas aceitáveis de prevenção de doenças (dos quais a maioria era na forma de campanhas de esclarecimento). Leve em conta esse indicador por dois motivos. Primeiro, porque revela que o plano tem interesse em manter seus usuários saudáveis. Segundo, porque sugere que o plano sabe combater fontes de custos —tratamentos caros— e, portanto, cuidar de sua saúde financeira. Além da presença ou não de programas de prevenção, foram investigados aspectos de qualidade da cobertura médica em três áreas específicas que, juntas, compreendem uma parcela significativa dos problemas de saúde da população. Nenhum plano se mostrou capacitado —ou seja, possuir pelo menos dados básicos— para realizar um controle adequado da saúde infantil. Um resultado desanimador, mas que pelo menos facilita a escolha de compra: tanto faz. Quanto à prevenção de câncer ginecológico e controle de hipertensão arterial, os resultados obtidos foram mais variados, embora a maioria não tenha se mostrado capaz de realizar o controle dessas atividades. Poucos planos realizam um controle da qualidade da assistência médica (através de técnicas estabelecidas na literatura técnica). Numa época em que qualidade total é a palavra de ordem, é preocupante constatar que tantas organizações que atuam numa área tão delicada não procuram controlar a atividade de seus serviços. Por outro lado, quase todos os planos afirmam conduzir programas de treinamento de funcionários. Texto Anterior: Usuário deve ser responsável Próximo Texto: Apenas instituições competentes sobreviverão Índice |
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