São Paulo, terça-feira, 21 de março de 1995
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Partidos tentam barrar área para hospital

LUIS HENRIQUE AMARAL
DA REPORTAGEM LOCAL

O projeto de lei que doa um terreno municipal de 24 mil m2, avaliado em US$ 20 milhões, na marginal Pinheiros, para a construção do Instituto do Fígado corre risco de não ser aprovado. A votação começa hoje na Câmara.
Vereadores das bancadas do PT, que antes apoiavam o projeto, mudaram de opinião. A maior parte da bancada do PMDB promete votar contra.
"Somos a favor de projetos que beneficiem a cidade e não exclusivamente o médico Silvano Raia", diz o líder do PMDB, Nelo Rodolfo. Segundo ele, pelo menos oito vereadores da sua bancada (que tem 12) são contra o projeto.
Raia é o idealizador do projeto e presidente da Fundação do Fígado.
"Não chegamos a uma posição final. Mas avaliamos que os pontos negativos do projetos são mais numerosos que os positivos", diz o líder do PT, José Mentor.
Até a semana passada, a maior parte dos petistas defendia o projeto. A bancada realizou uma reunião na quinta-feira passada com técnicos na área da saúde que apresentaram argumentos contra a doação. Muitos mudaram de idéia.
A posição do PMDB indica que o prefeito Paulo Maluf não está empenhado na aprovação do projeto, que é de sua autoria.
Com exceção do vereador Dalmo Pessoa, os outros vereadores peemedebistas votam regularmente com a bancada malufista.
A relação entre Maluf e Raia, que são amigos de infância, está estremecida desde que o prefeito demitiu o médico do cargo de secretário da Saúde porque ele não concordou com a criação do PAS (Plano de Atendimento à Saúde).
Segundo o líder do prefeito, Brasil Vita (PTB), a bancada de apoio ao prefeito (PPR, PTB e PL) deve votar a favor do projeto. São 21 votos. Para a doação ser aprovada, serão necessários 28.

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