São Paulo, terça-feira, 21 de março de 1995 |
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Projetos estão parados na maioria dos Estados
DANIELA FALCÃO Na maioria dos Estados brasileiros os projetos de planejamento familiar estão desativados. A situação é mais crítica nas regiões Norte e Nordeste, que têm as maiores taxas de fecundidade do país (veja quadro acima).Para o presidente da Abepf (Associação Brasileira de Entidades de Planejamento Familiar), Marcos Paulo de Castro, só o Rio Grande Sul tem um programa considerado satisfatório. "Lá as mulheres são mais bem informadas sobre métodos contraceptivos e fazem escolhas mais conscientes do que no resto do país." Segundo Castro, no resto do país os programas de planejamento familiar não atingem a população como deveriam e a maioria das mulheres termina optando pela esterilização ou pelo aborto. "Os Estados do Norte e Nordeste são os mais atrasados, mas a situação no Sudeste e Centro-Oeste também está longe do ideal." No Nordeste, os únicos Estados em que há programas de planejamento familiar, segundo Castro, são o Ceará e a Bahia. "Em Salvador existem projetos importantes que beneficiam boa parte das mulheres pobres. Mas é um caso isolado e que só deu certo divido ao idealismo de alguns médicos." São Paulo Não existe um programa de planejamento familiar que cubra todo o Estado de São Paulo. A distribuição de pílulas anticoncepcionais, diafragmas e DIUs foi suspensa por falta de verbas. Segundo a Secretaria Estadual da Saúde, a responsabilidade agora é exclusiva dos municípios. Na cidade de São Paulo, a prefeitura distribui anticoncepcionais nos 167 postos de saúde da capital. O governo federal colabora enviando pílulas e camisinhas. Texto Anterior: Especialistas têm opiniões diferentes Próximo Texto: 'Entre o pão e a camisinha, tenho de escolher o primeiro' Índice |
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