São Paulo, terça-feira, 21 de março de 1995
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Róbson Caetano reza pelo título dos 200 m

EDGARD ALVES
ENVIADO ESPECIAL A MAR DEL PLATA

O velocista Róbson Caetano da Silva, 30, foi rezar ontem às 12h na capela da Vila Pan-Americana, em Chapadmalal, 35 km ao sul de Mar del Plata.
Ele afirmou que faz isso regularmente. Na verdade, estava se preparando espiritualmente para iniciar hoje a tentativa de manter o título dos 200 m rasos do Pan.
Vencedor da prova em Havana-91, com 20s15, Róbson participa das semifinais esta tarde (16h45) na pista do Complexo Poliesportivo de Mar del Plata.
Marcelo Brivilatti, também do Brasil, entra na prova com boas chances de ficar entre os finalistas.
"Quero voltar bem ao ranking mundial, onde sempre estive entre os dez primeiros", disse Róbson, ressaltando que está aborrecido pelos resultados que obteve nas três últimas temporadas. No ano passado, só correu cinco provas.
O melhor tempo de Róbson na distância é 19s96, de 1989. Este ano, ele já correu sete vezes.
Sua preparação está voltada mais para os 100 m rasos. Ficou fora do Pan nessa distância porque foi derrotado na eliminatória, quando se reabilitava de uma cirurgia de apêndice.
"Treino como um lobo, um cachorro, e o resultado não aparece. Pode ser que comece a surgir aqui", afirmou.
Embora faça questão de destacar que apesar dos seus 30 anos se sente como "se tivesse 19", Róbson já ensaia os primeiros passos de uma nova carreira: a de técnico.
Está contratado pela Confederação Brasileira de Atletismo para treinar crianças em Manaus/AM.
"Por enquanto sou atleta, estou bem e nesta temporada meu objetivo é a prova dos 100 m no Mundial de setembro na Suécia", declarou. No Pan de Havana, também venceu os 100 m, com 10s32.
No Pan-91, o Brasil conquistou dez medalhas (seis ouros, duas pratas e dois bronzes) no torneio de atletismo.
Em Mar del Plata, faltando 28 finais, a equipe acumula dois ouros, uma prata e dois bronzes.
Hoje, o Brasil está representado também nas semifinais dos 200 m rasos/feminino (Cleide Amaral e Kátia dos Santos). Tem Elisângela Adriano e Alexandra Amaro na final do arremesso do peso.
Na final dos 110 m c/barreiras, o brasileiro Walmes de Souza corre com o ex-recordista mundial Roger Kingdom, dos EUA.
"Vou fazer minha corrida", disse Walmes, que ficou com a última vaga da final, com 14s47. Kingdon fez 13s79.

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