São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 1995
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Identifique as novas cores

Categoria ganha formas bizarras na era do azul nos chassis

DA REPORTAGEM LOCAL

O torcedor mais atento vai perceber várias modificações nos carros da temporada que começa. Muitas delas, provocadas pelos novos regulamentos da FIA (Federação Internacional de Automobilismo).
Os aerofólios dianteiros e traseiros tiveram seus tamanhos reduzidos e cada equipe, a seu modo, traduziu as regras de um modo particular.
A McLaren, por exemplo, instalou uma aerofólio suplementar em cima do motor. Um drible no regulamento, que muitos ainda não acreditam ser tão útil.
O bico alto, tendência inaugurada pela Benetton, foi adotado.
Nas cores, nenhuma mudança no vermelho e branco, a não ser pela estrela da Mercedes fincada na frente e nas laterais do carro. A concha da Shell, famoso nos tempos de Ayrton Senna, foi substituída pelo logotipo da Mobil, novo fornecedor de lubrificantes.
Outro time que manteve as cores do ano passado foi a Williams, que continua com o azul e branco dos cigarros Rothmans. No desenho do chassi, ainda conservador, a novidade é um bico altíssimo, que faz o carro de Damon Hill parecer um míssil.
A Jordan apurou bem as linhas básicas do ano passado. O bico, ainda baixo, ficou mais chanfrado na ponta e as tomadas de ar laterais do motor ficaram bem próximas às paredes do cockpit, em um desenho bastante arredondado.
A chegada do motor Peugeot e da Total, petrolífera francesa, trouxe uma faixa amarela. Foram mantidos o azul e o vermelho.
Na Benetton, o que mais chama a atenção são as tomadas de ar laterais instaladas na periferia do carro, na forma de retângulos em pé.
O azul pastel ganhou tonalidades mais fortes e o número de patrocinadores diminuiu —neste caso, uma demonstração de que o time vai muito bem financeiramente.
Ficou mantido o patrocínio da cerveja alemã Bitburger (em amarelo) nas laterais do carro, contrato iniciado no final da temporada passada.
A Sauber abandonou o preto e adotou um azul escuro. E, pelo menos na pré-temporada, contou apenas com pequenas citações da Ford e da Goodyear na carroceria —neste caso, um demonstração de falta de patrocínio.
No desenho, o aumento na altura das paredes do cockpit, determinação da FIA, ficou bastante pronunciado.
A Tyrrell voltou a pintar seus carros de azul, desta vez, mais escuro, depois de ter passado a temporada passada com o carro totalmente branco. O aerofólio traseiro é, curiosamente, preto.

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