São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 1995 |
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Sindicato diz que Saúde oculta casos de dengue FERNANDA DA ESCÓSSIA FERNANDA DA ESCÓSSIA; EDUARDO MACK
O Sintracerj (Sindicato dos Trabalhadores do Rio de Janeiro), que reúne os trabalhadores da FNS (Fundação Nacional de Saúde), acredita que tenha havido outros casos de morte pela doença. O Sintracerj denunciou que o garoto Edinaldo de Lima, 13, que morreu no dia 16 de março, no hospital estadual D.Pedro 2, em Santa Cruz (zona norte), teria sido vítima de dengue hemorrágica. O atestado de óbito, assinado pelo médico Ricardo Lacerda Baptista, cita a doença como causa da morte. O médico foi procurado no hospital e não foi encontrado. A secretaria informou que o caso foi diagnosticado clinicamente e não através de exames laboratoriais. Segundo a secretaria, os técnicos de saúde de Itaguaí, onde Edinaldo morava, não confirmaram a morte por dengue hemorrágica. A secretaria reconhece que há um índice de subnotificação da doença de 90%, ou seja: para cada caso notificado, pelo menos outros nove não são comunicados às autoridades de saúde. Foram registrados 5.970 de dengue clássica no Estado. Segundo a secretaria, há uma epidemia da doença no município do Rio. A dengue é uma virose transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. Os sintomas são dor de cabeça, febre e indisposição generalizada. A dengue hemorrágica deixa os vasos sanguíneos mais permeáveis e dificulta a coagulação do sangue. O ministro da Saúde, Adib Jatene, disse ontem no Rio que autorizará a prorrogação do contrato de 6.000 funcionários da FNS (Fundação Nacional de Saúde) encarregados da pulverização antidengue. Colaborou Eduardo Mack, free-lance para a Folha Texto Anterior: Prefeito não agrada à maioria, revela pesquisa Próximo Texto: Rio tem mais de 3 mil leitos desativados Índice |
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