São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 1995
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Pilotos fazem pacto sobre 'censura prévia'

DA REPORTAGEM LOCAL

O austríaco Gerhard Berger, da Ferrari, um dos mais ativos representantes da GPDA (Associação dos Pilotos de F-1), afirmou ontem que já negociou o novo contrato que os pilotos devem assinar para obter a superlicença, que os habilita a correr na categoria.
Há algumas semanas, o inglês Damon Hill, da Williams, não afastou a possibilidade de greve.
Entre outros itens, os pilotos não poderiam processar a FIA (Federação Internacional de Automobilismo) em caso de acidente.
Berger, durante entrevista coletiva da Ferrari, disse que já conversou com Bernie Ecclestone, presidente da Foca (Associação dos Construtores) e com Max Mosley, presidente da FIA.
Segundo o piloto, o texto foi reformulado e seria referendado pelos integrantes da GPDA na noite de ontem, em um encontro no hotel Transamérica.
"Três pontos principais foram discutidos. A utilização da imagem do piloto pela FIA, uma questão sobre seguros e a possibilidade de entrar com um processo contra a entidade", disse Berger.
Nos três casos, Berger garante que os pilotos aprovariam o acordo feito por ele previamente. A utilização da imagem só será permitida caso o piloto a aprove.
Berger afirmou que este item já estava em vigor no ano passado. A polêmica teria surgido agora por causa do redator do documento, que teria utilizado um estilo "mais dramático" este ano.
Quanto aos seguros de vida dos pilotos, que em caso de acidente deveriam estabelecer uma porcentagem do prêmio para a FIA, o item foi vetado.
Quanto à possibilidade de processos, Berger disse que advogados estudaram a cláusula, que não seria aceita pelas seguradoras.

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