São Paulo, quinta-feira, 23 de março de 1995
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Viagem ao Caribe acaba antes da hora

SIMONE GALIB
DA REPORTAGEM LOCAL

Viagem no Caribe acaba antes da hora
Mudanças de última hora em vôo fretado obrigam brasileiros em St. Maarten a voltar mais cedo para casa
Para fugir das chuvas que alagaram o Sul do país em fevereiro último, a empresária Magda Speranza, 36, residente em Florianópolis (SC), resolveu passar uma semana em St. Maarten, ensolarada ilha banhada pelo mar do Caribe, nas Antilhas Holandesas.
Na companhia do marido e um grupo de amigos, Magda optou, uma semana antes do Carnaval, por um pacote de sete dias com vôo "charter", comercializado pela operadora Mundirama, de São Paulo, em conjunto com a empresa de fretamentos Skyjet, do Rio de Janeiro.
Pagou pelo roteiro, com avião e hospedagem, cerca de US$ 1.200.
Tudo corria bem até que, na véspera do retorno ao Brasil, um funcionário local da Mundirama informou os brasileiros que a viagem acabaria antes da hora. O vôo, incialmente marcado para as 19h, foi antecipado para as 10h. Segundo a empresária, os passageiros do grupo se rebelaram, mas de nada adiantou.
"Tínhamos programado passeios e perdemos um dia de nossa viagem. Era um lugar maravilhoso, ninguém queria voltar antes da hora. Me senti pisoteada."
Além disso, diz ela, os funcionários da operadora ironizavam, afirmando que "a viagem custou barato" e que esses problemas costumam ocorrer com vôos fretados.
"Eu fiquei muito mal. Paguei o que me cobraram. Não é porque a viagem custa menos que as pessoas devem ser desrespeitadas. De repente, você está do outro lado do mundo e não sabe o que fazer."
Providências
Para Adriana Simões Fernandes, supervisora do setor de produtos e serviços do Procon, os passageiros do grupo que se sentiram lesados com a perda de um dia da viagem devem acionar a Justiça para recuperar o prejuízo. "Se a ação for coletiva, melhor ainda".
Segundo ela, já houve casos em que o juiz, além de estabelecer uma indenização, determinou à agência que oferecesse uma nova viagem ao turista.
"O consumidor ainda não tem muita consciência que pode reclamar contra os maus serviços. Se todos fizessem isso, a situação começaria a mudar", afirma a supervisora do Procon.

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