São Paulo, sábado, 25 de março de 1995
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Richa quer poder de ministro

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ex-senador José Richa (PSDB-PR) impôs ontem uma condição para, se for convidado hoje pelo presidente Fernando Henrique Cardoso, assumir a coordenação política do governo: ter poderes equivalentes aos de um ministro.
Richa, nome preferido de seu partido para ser o coordenador, disse ontem à Folha que "só tem sentido ter um coordenador político se este tiver plenos poderes".
Ele chega hoje a Brasília e vai contactar o presidente Fernando Henrique Cardoso. O ex-senador voltou de uma viagem aos EUA na quinta-feira afirmando que não aceitaria ocupar o cargo.
Ontem, pressionado por lideranças tucanas, parecia mais flexível.
"Minha opção por ficar fora da política é definitiva", disse. Mas deixou a porta aberta: "A única coisa que me balança é o meu espírito público. Sempre estive disposto a colaborar com o país".
Richa disse que não recebeu "convite algum do presidente" e que apenas ouviu especulações.
O problema maior para o PSDB ainda é o presidente Fernando Henrique Cardoso e as pressões do PFL contra a nomeação de um articulador escolhido entre tucanos.
Assessores do Planalto crêem que o tema "morrerá na praia" se Richa não aceitar o cargo.

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