São Paulo, sábado, 25 de março de 1995
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Banda Skank lança 'Calango' em São Paulo amanhã com show único

PEDRO ALEXANDRE SANCHES
DA REPORTAGEM LOCAL

Show: Skank
Onde: Olympia (r. Clélia, 1.517, tel. 011/252-6255)
Quando: amanhã, às 21h
Quanto: R$ 20 (pista), R$ 30 (setor C), R$ 40 (camarote)
Censura: 16 anos

O grupo mineiro Skank apresenta uma única vez amanhã em São Paulo, no Olympia, o show de lançamento de seu segundo disco, "Calango", lançado no final do ano passado.
É a primeira apresentação do novo show em uma capital. Desde o lançamento de "Calango", eles vêm tocando no interior e litoral.
Samuel Rosa (vocais e guitarra), Lelo Zaneti (baixo), Haroldo Ferretti (bateria) e Henrique Portugal (teclado) acreditam que um único show é suficiente, no momento, para São Paulo. "O Olympia é muito grande", diz Ferretti.
Talvez não seja. "Calango" já vendeu 200 mil cópias. O primeiro disco, lançado no final de 1992 em Belo Horizonte, em esquema independente, foi reeditado em 1993 pela Sony, que comprou o passe do grupo. Vendeu, até hoje, cerca de 120 mil cópias.
Para o show de amanhã, o Skank promete um repertório centrado no novo disco ("Jackie Tequila", "Pacato Cidadão", "Esmola"), mais quatro ou cinco músicas do primeiro disco (como os hits "In(dig)nação" e "O Homem que Sabia Demais").
Não abandonam também os covers, com os quais o grupo iniciou sua carreira, em 1991. Prometem a tradicional "Mulher Rendeira", "Madalena" (sucesso na voz de Gilberto Gil) e "É Proibido Fumar", de Roberto e Erasmo.
Esta última foi gravada para o projeto "Rei", dirigido por Roberto Frejat em homenagem a Roberto Carlos. O Skank modernizou "É Proibido Fumar", adicionando batida dancehall e tema sonoro de filme de faroeste. Foi incluída também em "Calango" e tornou-se seu primeiro hit.
O clima geral do show reflete, segundo os integrantes, a evolução do grupo. "Nossa pretensão sempre foi ser uma banda de dancehall, a variedade mais moderna do reggae. Em 'Calango', quisemos, dentro desse espírito, acentuar nosso sotaque brasileiro, mineiro", diz Rosa.
Resgataram para isso uma variedade musical mineira, o "calango" que dá nome ao disco e se manifesta na faixa "A Cerca", incluída no show. É um desafio verbal entre dois caipiras, um repente à mineira.
O apego à terra natal faz a banda rejeitar unanimemente a idéia de mudar para o Rio ou São Paulo. "Somos todos muito grudados com mãe e pai e gostamos muito da condição de vida mais saudável de Belo Horizonte. Não nos acostumaríamos com o ritmo frenético e violento daqui", diz Rosa.

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