São Paulo, sábado, 25 de março de 1995
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Governo russo quer banir Aum Shinrikyo

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O governo da Rússia poderá revogar a licença de funcionamento da seita Aum Shinrikyo no país. A afirmação foi feita ontem em Moscou por Vladimir Kuzmin, vice-ministro da Justiça.
Segundo ele, a sucursal russa da seita deverá ser fechada caso seja comprovado o envolvimento do grupo no atentado terrorista.
A Aum Shinrikyo diz ter 30 mil seguidores na Rússia, o triplo do número de seus membros no Japão. Ela possui uma rádio em Vladivostok (costa leste russa), de onde foram feitas as primeiras transmissões do grupo negando seu envolvimento no atentado de Tóquio.
A emissora foi fechada pelas autoridades russas esta semana e não terá permissão para voltar a funcionar até que as investigações sejam concluídas.
Em Washington, o Departamento de Justiça dos EUA informou que o FBI (polícia federal norte-americana) está investigando os cerca de cem integrantes da seita que haveria em Nova York.
O objetivo da ação, disse um porta-voz, é prevenir eventuais tentativas de ataques terroristas como o de Tóquio.
Em Seul, o jornal Kookmin Ilbo revelou que estão surgindo na Coréia do Sul novas seitas apocalípticas, como a Aum Shinrikyo.
O diário citou o grupo Kangrim (Deus Descendo do Céu), liderada por Kim Jaegyu, para quem o mundo vai acabar no próximo dia 16 de abril, domingo de Páscoa.
A Aum Shinrikyo sustenta que o mundo vai acabar em 1997 e que somente seus fiéis vão sobreviver.
A polícia sul-coreana concluiu que a intoxicação de 19 pessoas num prédio de escritórios em Seul, na quarta-feira, não foi causada por nenhum atentado com gás.
O problema, disse um porta-voz, foi causado por um outdoor publicitário instalado no exaustor da caldeira do prédio.
O painel teria feito o monóxido de carbono liberado pelo exaustor voltar para o edifício através do sistema de ar condicionado.

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