São Paulo, sábado, 25 de março de 1995
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Lei concede privilégios a seitas

DA "FRANCE PRESSE"

A legislação japonesa concede privilégios a seitas religiosas como a Aum Shinrikyo, principal suspeita pelo atentado de segunda passada no metrô de Tóquio.
Este é um dos motivos apontados para a lentidão na ação da polícia contra a seita.
Entre outros privilégios, a legislação concede a toda organização com estatuto de grupo religioso isenção do pagamento de impostos de renda e de propriedade.
O único tributo obrigatório é de 27% sobre os rendimentos das filiais comerciais —que é de 37,5% para outras empresas.
Após conseguir o estatuto, a Aum teve rápida expansão e pôde comprar terrenos e construir oratórios em 25 localidades.
A polícia também é criticada por demorar a investigar a fundo as atividades da Aum Shinrikyo.
Várias denúncias envolvendo a seita já haviam sido formuladas, desde sequestros e reclamações de vizinhos das sedes sobre odores e emanações de gases.
O líder da organização, Shoko Asahara, frequentemente se referia ao sarin (gás utilizado no ataque) para denunciar supostos ataques do governo japonês.
Em declarações à imprensa, juristas têm defendido que seitas devem receber tratamento igual ao destinado a outras organizações.

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