São Paulo, terça-feira, 28 de março de 1995
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Preço da terra agrícola tende a cair em abril

SEBASTIÃO NASCIMENTO
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao contrário de safras anteriores, os negócios com terras agrícolas não devem ficar aquecidos a partir de abril próximo, final da colheita.
"A produção é alta e a produtividade das culturas é boa. Porém, os preços de produtos como soja e milho estão em queda e o agricultor vai pagar o banco ao invés de comprar terras."
A opinião é de Atílio Bennedini, corretor de terras em Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Com ele concordam corretores de Londrina, no Paraná e Rondonópolis, no Mato Grosso.
Em Ribeirão Preto, proprietários de terra boa para plantio estão pedindo perto de 2 mil toneladas de cana (R$ 20 mil) pelo alqueire.
"Cotação alta e fora da realidade, principalmente diante da fraca demanda", diz Bennedini.
Ele acredita que o preço deve rapidamente baixar para cotações entre R$ 15 mil e R$ 18 mil.
Na região de Londrina, forte produtora de soja e milho, a pressão de compradores fez a terra de pastagem refluir para preços em dólares anteriores ao Plano Real.
O mesmo aconteceu com as terras agricultáveis, cujo alqueire vale hoje US$ 11 mil (R$ 10 mil).
"Mas dificilmente o agricultor vai comprá-las já que está sendo engolido pela TR", diz Koury.
Em Rondonópolis, terra de pasto formado vale R$ 3.200 o alqueire (150 arrobas de boi). Terra para plantio, com secador e armazém de grãos, sai por R$ 2.625 (350 sacas de soja).
O preço razoável do boi, porém, deve favorecer negócios com terras para criação.

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