São Paulo, terça-feira, 28 de março de 1995
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Clima reduz a produção

DA AGÊNCIA SAFRAS

Pode-se esperar que a remuneração do feijão de média ou alta qualidade se mantenha em valores razoáveis ao longo deste ano.
O mercado pode ainda apresentar momentos de muito nervosismo, a exemplo do que ocorreu no ano passado.
As constantes e pesadas chuvas que atingiram os Estados da região Sul do país a partir do final de dezembro provocaram grandes prejuízos à primeira safra.
O Paraná, maior produtor nacional dessa primeira safra, perdeu 250 mil toneladas, cerca de 42% da colheita inicialmente estimada.
Além das perdas quantitativas, as perdas qualitativas foram muito grandes, com a ocorrência de grãos brotados, mofados e chuvados, que depreciaram o produto colhido.
O mercado reagiu de imediato, puxando para cima os preços, que apresentavam tendência de se situar ao redor do preço mínimo.
O feijão tipo carioquinha, que em dezembro era vendido ao nível de preço mínimo, tem sido negociado entre R$ 25 e R$ 30/saca, enquanto que o preto varia entre R$ 35 e R$ 40/saca.
A partir de agora, o mercado está muito atento ao desempenho da safra de Irecê, na Bahia, que deve entrar no mercado a partir de abril.
A produção da região corre o risco de ficar comprometida em função da falta de chuvas.
Em abril também chega ao mercado a segunda safra do Centro-Sul, cujo plantio foi retardado pelo excesso de chuvas.
Mesmo assim, essa segunda safra apresentou crescimento de área entre 5% e 10% no Sul.
A safra do restante do Nordeste promete ser de bom tamanho, pois as chuvas têm sido adequadas.
Apesar da pouca influência no abastecimento do Centro-Sul, uma boa produção no Nordeste diminui as pressões de compra sobre o Sul.

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