São Paulo, quinta-feira, 30 de março de 1995 |
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Greve pode se prolongar mais uma semana
FERNANDO ROSSETTI
Amanhã à tarde, os grevistas —professores, diretores, supervisores e servidores— realizam assembléia geral para decidir se mantêm o movimento. Até ontem à noite, a proposta do governo era a mesma feita na última quinta-feira, e que levou a assembléia do dia seguinte a votar pela entrada em greve. Ontem o dia foi de suspense: de manhã, a secretária de Estado da Educação se reuniu com o governador Mário Covas no Palácio dos Bandeirantes (sede do governo). Desde sua volta à secretaria, às 11h, a assessoria de imprensa da Educação anunciava que uma nova reunião de negociação estava prestes a ser convocada. Não foi. Essa reunião é aguardada para hoje —quando todas as lideranças do movimento se reúnem em São Paulo para fazer um balanço da adesão à greve e para preparar a assembléia de amanhã. O fato de a secretária da Educação ter se reunido com o governador gerou expectativas de que uma nova contraproposta seria feita. O governo tem defendido que não pode oferecer nada além da quantia apresentada na semana passada. Os grevistas dizem que com essa proposta não voltam a trabalhar. O piso atual dos professores está em R$ 141 (há funcionários que receberam no mês passado R$ 26, segundo seu sindicato). O governo propõe aumentar o piso para R$ 180, mas não tem dinheiro para dar um reajuste proporcional para quem ganha mais do que isso. Os professores querem piso de R$ 210 e aumento equivalente em todos os outros níveis salariais. Também reivindicam um plano para chegar a um piso de R$ 800. No terceiro dia, a greve atingiu 60% dos 260 mil professores da capital e 70% do interior, segundo a Apeoesp. A secretária Nuebauer avaliou a adesão em 45% da rede. Texto Anterior: Ministro tenta manter teste em universidades Próximo Texto: Cresce adesão no litoral Índice |
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