São Paulo, quinta-feira, 30 de março de 1995
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CNI reclama dos juros altos

CARI RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), Mário Amato, afirmou ontem que "o aumento dos juros é uma grande perversidade do governo para com os empresários que acreditaram e ainda acreditam no Plano Real".
Segundo ele, os empresários que fizeram empréstimos para investimentos, não têm como pagar as prestações e dar continuidade aos projetos com a alta dos juros.
Para Amato, medidas anticonsumo são "asfixiantes", inibem o desenvolvimento e trazem o desemprego a reboque.
A indefinição da área econômica do governo está deixando os empresários apreensivos, disse.
Como exemplo, citou a MP (medida provisória) que permite a devolução do excesso da arrecadação da Cofins e do PIS para exportadores. A medida foi anunciada na semana passada e tem o objetivo de incrementar as exportações.
Como esta MP necessita ainda de regulamentação, os exportadores não sabem se atrasam a liberação dos pedidos, porque não está claro se a devolução da Cofins e do PIS é retroativa e a partir de que data.
O presidente da CNI lançou ontem o sistema Legisdata. Através de uma rede de computadores instalados na sede da entidade em Brasília, o setor terá informações sobre todas as emendas constitucionais e projetos de lei que tramitam no Congresso.
Segundo Amato, esta será uma forma de aumentar e agilizar a influência do setor industrial em projetos de seu interesse.

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