São Paulo, quinta-feira, 30 de março de 1995
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Viver é questão de vingança

MARCELO REZENDE
DA REDAÇÃO

Todo a mitologia do "western" se constrói através de acontecimentos que se repetem. Homens que tentam reconstruir suas vidas, mulheres em busca de uma segunda chance ou, como no caso de "Estigma da Crueldade" de Henry King (Bandeirantes, 13h30), um homem que transforma sua vida em uma questão de vingança.
Gregory Peck interpreta um homem atormentado que busca os responsáveis pela morte de sua mulher. Aqueles que da maneira mais brutal destruíram sua felicidade.
E é brutal também a maneira como esse personagem toma a justiça como uma questão pessoal a ser resolvida. Se toda uma cidade busca esses mesmos criminosos, por outros ações cometidas, isso tem que necessariamente ficar em segundo plano. No universo criado pelo diretor King neste filme, as relações se efetuam apenas através das noções de culpa e punição.
Assim como em "Rastros de Ódio" de John Ford, o que "O Estigma" constrói de mais belo é a idéia de um lugar, no caso a própria idéia do "western", que se realiza pela angústia de um só. (Marcelo Rezende)

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