São Paulo, quinta-feira, 30 de março de 1995 |
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Astro de "A Nova Geração" diz que não gosta de ficção científica
MARCEL PLASSE
O ator americano Brent Spiner, que interpreta Data, o personagem mais popular da telessérie "A Nova Geração", não assiste aos episódios do programa e nem se interessa por ficção cientifica. Ele falou à Folha por telefone, do hotel Copacabana Palace, no Rio. Spiner veio ao Brasil promover o lançamento de "Jornada nas Estrelas: "A Nova Geração", primeiro filme baseado na telessérie. Depois de sete anos e 178 episódios, "A Nova Geração" abandonou a TV para seguir os passos da "Jornada nas Estrelas" original, que rendeu seis longa-metragens de cinema. No lugar da lucrativa série, a Paramount já colocou no ar dois novos programas - "A Nova Missão" e "Voyager" - e se prepara para filmar o segundo longa com a Enterprise de "A Nova Geração", em comemoração aos 30 de "Jornada nas Estrelas". * Folha - O ator Leonard Nimoy odiava Spock. Você sentiu o mesmo com relação a Data? Brent Spiner - Não, porque encaro Data como um emprego. E Leonard não odeia mais Spock. Ele escreveu um livro chamado "Eu Não Sou Spock", mas, recentemente, disse que pretendia escrever outro, chamado "Talvez Eu Seja Mesmo". Folha - Você planeja escrever algum livro sobre Data? Spiner - Não. Eu sou eu mesmo. Folha - As novas séries baseadas em "Jornada" têm um afro-americano e uma mulher como capitão. Politicamente correto, mas os fãs, acostumados com Kirk e Picard, aceitam? Spiner - Acho que sim, mas nunca perguntei. Na verdade, não me interesso pela mitologia da série ou por ficção científica. Nem faço a mínima idéia a respeito do que tratam as outras séries. Folha - Não é peculiar o fato de você fazer parte da série futurista mais popular do mundo e não gostar de ficção científica? Spiner - Não, porque sou um ator. Quando me ofereceram o papel, não recusei dizendo que não gostava de ficção científica. Folha - Você se vê interpretando Data por tanto tempo quanto os atores da primeira "Jornada nas Estrelas"? Spiner - Não por 30 anos. Principalmente porque ele é uma máquina, e máquinas não envelhecem. Vai chegar um momento em que vou estar velho para o papel. Folha - Como "A Nova Geração" venceu a popularidade da primeira "Jornada"? Spiner - Pela qualidade. No início, houve resistência porque os fãs acreditavam que só podia existir uma "Jornada nas Estrelas". Agora, sabemos que é possível fazer mais séries. Folha - Denise Crosby e Will Wheaton saíram da série antes do filme. Arrependeram-se? Spiner - Eles acreditavam que existia uma grande carreira cinematográfica à sua frente e que estavam perdendo tempo na TV. Mas perceberam que a coisa não era bem assim. Sei que Will quis voltar à série, mas foi vetado pelos produtores. Denise idem, só que conseguiu voltar em alguns episódios, como outra personagem. Texto Anterior: Cristina Pereira leva ao Sesc sua comédia do "riso revolucionário" Próximo Texto: O nosso limite está na própria ousadia Índice |
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