São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 1995
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Entidades contestam nomeação

CLAUDIO JULIO TOGNOLLI
DA REPORTAGEM LOCAL

Duas entidades de direitos humanos divulgam hoje notas de protesto contra a promoção do tenente coronel Armando Rafael Araújo. Ele foi nomeado comandante do Regimento de Cavalaria 9 de Julho da PM de São Paulo.
Armando Araújo participou do chamado "Massacre do Carandiru"-a morte de 111 presos, na Casa de Detenção de São Paulo, em 2 de outubro de 1992, após invasão da Polícia Militar.
O primeiro protesto vem da Comissão Teotônio Vilela de Direitos Humanos, sob a forma de uma carta enviada ao governador Mario Covas."A nomeação do coronel para o cargo põe em risco a segurança dos cidadãos", sustenta a Comissão.
O segundo protesto é assinado por Jim Cavallaro, presidente da organização Human Rights Watch. Cavallaro envia hoje carta à Comissão Interamericana de Direitos Humanos questionando a presença de um dos militares do massacre num posto de comando.
A explicação oficial do governo para a nomeação do coronel Armando Araújo é que ele ainda não foi julgado pela Justiça Militar de São Paulo, e que portanto não tem contra si nenhuma responsabilidade sobre as ações da Polícia Militar no massacre.

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