São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 1995
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Fiesp e CNI aprovam medidas

ANTONIO CARLOS SEIDL
DA REPORTAGEM LOCAL

A indústria brasileira manifestou ontem seu apoio ao forte golpe desferido pelo governo contra as importações de automóveis e outros bens de consumo duráveis.
Para Mario Amato, presidente da CNI (Confederação Nacional da Indústria), o governo agiu "bem", recorrendo a um "remédio amargo" em momento difícil.
"Problemas criados por medidas extremas, tais como o déficit comercial provocado pela abertura indiscriminada da economia, têm que ser corrigidos com medidas violentas", afirmou.
Ele acredita que a defesa do saldo comercial do país não significa o fim da política de abertura econômica. "Não deixa de ser um retrocesso, mas é necessário".
Carlos Eduardo Moreira Ferreira, presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), disse que o combate governamental ao déficit comercial é uma medida "correta" na atual conjuntura econômica.
Ele afirmou, porém, esperar que a elevação do imposto de importação seja mesmo temporária, como promete o governo.
"A indústria paulista continuará a defender a abertura da economia porque a integração do Brasil na economia mundial é um processo irreversível", disse.

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