São Paulo, sexta-feira, 31 de março de 1995
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Freio nas importações mostra força de Serra na área econômica

MÔNICA IZAGUIRRE

MÔNICA IZAGUIRRE; LUCAS FIGUEIREDO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro José Serra (Planejamento) mais uma vez mostrou que é o homem-forte da área econômica do governo. Foi a partir de uma discussão levantada por ele que o governo decidiu criar uma superbarreira às importações. A crise cambial mexicana só aumentou a convicção de Serra de que era preciso frear as importações.
Serra teve um forte aliado dentro do ministério da Fazenda: o secretário de Política Econômica, José Roberto Mendonça de Barros. Mesmo antes de entrar no governo, Mendonça de Barros sempre foi muito mais ligado a Serra do que ao ministro Pedro Malan (Fazenda).
O aumento do imposto de importação como saída emergencial vinha sendo discutido há pelo menos uma semana entre o secretário de Política Econômica e o ministro do Planejamento.
Conforme assessores de Serra, não houve resistências entre os demais membros da cúpula da equipe econômica. Tanto Pedro Malan quanto o presidente do Banco Central, Pérsio Arida, teriam aderido logo à sugestão.
A partir daí, Serra achou que era hora de adotar uma medida mais ostensiva. A idéia de usar as tarifas como barreira foi apresentada ao presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele deu sinal verde para a mudança de alíquotas na última terça-feira.

Colaborou LUCAS FIGUEIREDO, da Sucursal de Brasília.

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