São Paulo, sábado, 1 de abril de 1995
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Manifestação é evitada no AM

CRIS GUTKOSKI
ANDRÉ MUGGIATI

CRIS GUTKOSKI; ANDRÉ MUGGIATI
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PARAUPEBAS E MANAUS

O presidente Fernando Henrique Cardoso evitou ontem duas manifestações, uma na entrada do projeto Carajás e outra em Manaus, para onde foi à tarde.
Em Carajás, famílias de trabalhadores sem-terra e sindicalistas ligados à CUT (Central Única dos Trabalhadores) protestaram ontem contra FHC a 25 km de distância do local onde ele se reuniu com os governadores da região amazônica.
Os manifestantes eram cerca de 500, entre eles dezenas de crianças, pelos cálculos da Polícia Militar e organizadores.
O protesto foi no portão de entrada na cidade de Carajás, de propriedade da CVRD (Companhia Vale do Rio Doce). O cordão formado pelos sem-terra e sindicalistas interrompeu a passagem de pedestres e veículos das 9h30 às 10h30.
Para o presidente da CUT do Pará, Evandro Rodrigues, FHC fugiu do contato com a sociedade ao escolher Carajás para a visita.
Vinte soldados armados da Polícia Militar do Pará impediram o acesso dos manifestantes à cidade da CVRD, onde só se entra com permissão. Não houve conflitos.
"Toda conquista vem através de reivindicações", disse o comandante do grupo, tenente Costa e Silva. "Se eles não conseguiram agora, os filhos deles vão conseguir."
Mesmo à distância, os gritos de "fora FHC" e "queremos terra" chegaram aos ouvidos do presidente. Manaus
Na entrada do aeroporto de Manaus, onde FHC chegou às 16h50 (17h50 em Brasília), cerca de 80 manifestantes ligados à CUT e sindicatos aguardavam a chegada gritando palavras de ordem contra as reformas na Constituição.
FHC deixou o aeroporto por uma saída alternativa, a cerca de 200 metros do saguão principal, onde estavam os manifestantes.
No hotel, um cordão de isolamento impediu os manifestantes de se aproximar.
Índios
Os índios tucanos e barés vão adotar uma postura de enfrentamento no encontro com FHC hoje à tarde. Eles querem o direito de explorar economicamente a terra e os minérios. Também exigirão a reestruturação da Funai (Fundação Nacional do Índio) e melhores condições de vida.

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