São Paulo, sábado, 1 de abril de 1995 |
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Militares lembram 31 de março com missa
DA SUCURSAL DO RIO Os 31 anos do movimento militar de 1964, que derrubou o presidente governo João Goulart, foram comemorados ontem no Rio com uma missa pelos militares.O movimento foi criticado pelo grupo Tortura Nunca Mais, que homenageou dez pessoas e entidades que se destacaram na luta por direitos humanos. A missa, a pedido dos clubes Militar, Naval e da Aeronáutica, foi celebrada na igreja Santa Cruz dos Militares, no centro da cidade. Cerca de 200 pessoas compareceram, entre elas o ex-presidente da República João Baptista Figueiredo e o ex-ministro da Justiça Armando Falcão (governo Ernesto Geisel). Foram também o general Bayma Dennis (ministro dos Transportes no governo Itamar Franco) e o general Newton Cruz, candidato derrotado ao governo do Rio no ano passado pelo PSD. Tortura Nunca Mais O Tortura Nunca Mais entregou a dez pessoas e entidades a Medalha Chico Mendes de Resistência, criada em 31 de março de 89 como reação à Medalha do Pacificador, concedida pelo Exército no 25 aniversário do movimento. Segundo o grupo, a Medalha do Pacificador homenageou pessoas ligadas à repressão e à tortura. O grupo surgiu há dez anos para investigar casos de tortura e desaparecimento no regime militar e denunciar os supostos torturadores. A medalha foi concedida ao jornalista Alceu Amoroso Lima, ao guerrilheiro Carlos Lamarca e à estudante Sonia Angel Jones, já mortos. Texto Anterior: Manifestação é evitada no AM Próximo Texto: "Chegou a hora da Amazônia", diz FHC Índice |
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