São Paulo, domingo, 2 de abril de 1995
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FHC busca uma marca para governo

DA REDAÇÃO

FHC busca uma marca que possa distinguir o seu governo e apagar a imagem de hesitação e descoordenação. O presidente mal consegue vender dados positivos de sua gestão, como o controle dos gastos e a inflação baixa.
A dificuldade de comunicação se traduz na relação tumultuada com um Congresso teoricamente aliado e na incapacidade de convencer os chamados agentes econômicos de que o Brasil não é o México. Essas dúvidas e incertezas levaram o presidente a recuar nas reformas da Constituição.
Convocados a dar uma nota a FHC, os empresários ouvidos pela Folha lhe atribuem a média 6,75. Aprovam sem entusiasmo. Mas FHC goza de prestígio para virar o jogo. Pesquisa Datafolha publicada ontem indica que 51% dos brasileiros acham que a inflação vai crescer. Não obstante, 55% apostam em que FHC resolve os problemas do país.
Político e teórico experiente, FHC sabe que a aposta da população é função do sucesso que ele vier a lograr. Se o governo apostou todas as fichas na reforma, terá de viabilizá-la. Se concluir que a tarefa é grande demais, terá de buscar uma outra marca que lhe sirva de distinção.

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