São Paulo, domingo, 2 de abril de 1995
Texto Anterior | Índice

FHC autoriza aval para SP

FERNANDO GODINHO
COORDENADOR DE ECONOMIA DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente Fernando Henrique Cardoso autorizou o Tesouro Nacional a conceder aval para um empréstimo de US$ 450 milhões que o governo de São Paulo está negociando com organismos japoneses.
O empréstimo será usado em obras de despoluição do Rio Tietê. A decisão de FHC foi tomada na noite de quinta-feira passada, após receber uma exposição de motivos do ministro Pedro Malan (Fazenda).
A concessão de avais do Tesouro está suspensa desde junho de 94, quando a MP (medida provisória) do Plano Real foi editada pela primeira vez. Só FHC pode abrir exceções.
A rigor, o aval -que será assinado pela PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional)- ainda não foi concedido.
A PGFN (Procuradoria Geral da Fazenda Nacional) -ainda não foi concedido.
A PGFN aguarda que a resolução do Senado autorizando o empréstimo -aprovada há mais de um ano- seja alterada, obrigando o governo de São Paulo a fornecer garantias à operação.
Estas garantias seriam parte da arrecadação do ICMS e do FPE (Fundo de Participação dos Estados).
O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), está tentando obter o aval desde janeiro, quando tomou posse.
Nos últimos 20 dias, um grupo de trabalho com representantes do Ministério da Fazenda e do governo paulista conseguiu equacionar os problemas.
Conforme a Folha apurou, São Paulo pagou quase que o total dos débitos listados no Cadastro de Inadimplentes, do Ministério da Fazenda.
Ao mesmo tempo, foi renegociada uma dívida de R$ 110 milhões junto à Caixa Economica Federal.
Outra dívida -de US$ 1,3 bilhão- da Cesp e da Eletropaulo junto à Eletrobrás também foi negociada.

Texto Anterior: Secretário da Anistia visita Vigário Geral
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.