São Paulo, domingo, 2 de abril de 1995 |
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DEPOIMENTO Erramos: 04/04/95 Na edição de domingo, nome da relações-públicas que aparece na pág. 3-8 é Ana Paula, e não Ana Lúcia, como saiu incorretamente na legenda. DEPOIMENTO "Meu marido perdeu o emprego poucos meses antes de nos casarmos. Ele era técnico em eletrônica de uma empresa de computadores e ganhava um bom salário que, na ocasião, foi suficiente para darmos entrada na casa em que moramos hoje. Depois de procurar emprego por dois meses, ele decidiu abrir um negócio de equipamentos eletrônicos médicos com um amigo e estudar percussão na Universidade Livre de Música. Antes de subir ao altar, combinamos então que apostaríamos na opção dele e, até o negócio engrenar, eu assumiria as contas da casa. De vez em quando, ele ganha alguns trocados tocando em bandas. Mas a empresa, apesar de já ter dois anos, só rende o suficiente para pagar as despesas que gera. Por isso, a prestação da casa, contas de luz, água, supermercado, passeios e qualquer imprevisto correm por minha conta. Fizemos um ano de casados este mês e não vou negar que tivemos algumas crises por causa de falta de grana. Minha mãe chegou a entrar em ação algumas vezes para eu conseguir segurar as pontas com as contas. De vez em quando, fico chateada de não poder comprar algumas coisas. Ainda não temos carro nem telefone. Nos dias em que a coisa aperta mais me dá uma sensação de estar sendo 'explorada'. Afinal, no final do mês, quando vou ver, todo o meu dinheiro foi com as contas. Não sobra nada para fazer uma viagem ou comprar uma coisa que me der vontade. O que mantém o casamento é o nosso projeto e a sensação de que a situação que vivemos é provisória. Tenho certeza de que ele é um bom profissional. Apesar de não ter um retorno ainda, ele trabalha muito. Acho que a empresa vai decolar logo, logo. Por outro lado, ele é um marido extremamente participante. Aprendeu a cozinhar para eu não ter de ficar sempre no fogão. Arruma a casa e limpa os banheiros sempre que necessário." Ana Paula Alencar, 24, é relações públicas. Texto Anterior: Mulher que ganha mais leva homem ao divã Próximo Texto: Odeio quando elas... Índice |
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