São Paulo, domingo, 2 de abril de 1995 |
 |
|
Próximo Texto |
Índice
Feiras estimulam "caça" a antiguidades
CLÁUDIA PIRES
As principais feiras da cidade acontecem aos sábados, na praça Benedito Calixto (bairro de Pinheiros) e aos domingos no Bixiga (rua Treze de Maio), no vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo) e no shopping Iguatemi. Outras feiras vendem quase só artesanato, segundo a Sociedade dos Antiquários de São Paulo. A Folha percorreu três destas feiras (Bixiga, Masp e Iguatemi) com dois especialistas no assunto: o antiquário José Roberto Bortoletto Júnior, 27, e o restaurador de obras de arte Renato Rinaldi, 33. Segundo eles, cada uma possui suas particularidades, mas todas têm boas alternativas de compra. "A feira do Masp é a mais completa. É possível 'garimpar' muitas peças de valor", afirma Rinaldi. Ela é a mais antiga (16 anos) e tradicional da cidade. Lá é possível 'garimpar' muitas peças de valor", afirma Rinaldi. Ela é a mais antiga (16 anos) e tradicional da cidade. Lá é possível achar de peças simples até vasos Gallê que podem valer até US$ 100 mil. Por ser uma feira tradicional, ela reúne alguns dos mais antigos antiquários paulistas. A família Nóbrega está no mercado desde 1935. Atualmente André Augusto, 17 e Luis Caetano, 15, terceira geração de antiquários da família, trabalham na barraca aos domingos. Mas em meio a obras de muito valor também é fácil comprar gato por lebre, principalmente para leigos no assunto. Para quem gosta de objetos antigos, mas não sabe ao certo identificar seu valor, o ideal é percorrer a feira na companhia de um especialista no assunto. Uma das barracas da feira do Masp apresentava ao cliente peças classificadas como sendo de bronze do século passado. "Pedia US$ 3 mil num relógio que não valeria mais de R$ 200", afirma Rinaldi. Segundo o antiquário Antônio Challube, 54, muitas pessoas não sabem que estão vendendo peças sem valor. Populares As feiras da praça Benedito Calixto e do Bixiga são as mais populares, especialmente entre os jovens. Encontra-se grande número de objetos exóticos, como mobiliário e roupas dos anos 40 e 50, brinquedos e instrumentos musicais, a preços mais acessíveis. Mas é preciso garimpar. No Bixiga, Bortoletto Junior encontrou um par de mapas de século passado. Estavam à venda por R$ 30 e, segundo o antiquário, poderiam valer até 10 vezes mais. Nestas feiras também é possível encontrar maiores opções em prestação de serviços, como barracas que vendem puxadores de móveis antigos. Sofisticação O shopping Iguatemi é parada ideal para quem quer qualidade com segurança. A feira só trabalha com expositores que têm antiquários na cidade e oferece objetos caros e de qualidade. "Isso não quer dizer que não se possa encontrar estes objetos em outras feiras. Só que no Iguatemi você pode ter mais segurança ao comprar", diz Bortolleto Junior. Livros genéricos sobre antiquariato: "Miller's Antiques" (guia de preços de vários tipos de peças, R$ 58); "The Lyle, Official Antiques Review", de Tony Curtis (apresenta vários tipos de peças, com preços referenciais, R$ 54). Onde encontrar: Livraria Gaudi (r. Augusta, 2.872, tel. 881-1010/881-1877) Cursos de técnicas de restauração: 1. Instituto Paulista de Restauro (tel. 011/530-5162); Pinturas: duração de dois anos. Aulas uma ou duas vezes por semana, com duração de três horas. Mensalidade: R$ 230 Molduras: duração de três meses, com aulas duas vezes por semana. Preço: R$ 520 Porcelanas e Materiais diversos: duração de quatro meses, com aulas duas vezes por semana. Preço: R$ 520 2. Sesc Pompéia (tel. 011/864-8544) Móveis: aulas todas as sextas-feiras das 14h às 17h. Mensalidade: R$ 70 para não-sócios, R$ 57 para sócios e R$ 28 para comerciários Próximo Texto: 'Garimpo' leva a bons achados Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |