São Paulo, domingo, 2 de abril de 1995
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Quem foi Wittgenstein

DA REDAÇÃO

Ludwig Wittgenstein nasceu em Viena (Áustria) em 1889. Depois de seus primeiros estudos na capital austríaca, cursa engenharia em Berlim (Alemanha) e Manchester (Inglaterra).
Estimulado pelo lógico Gottlob Frege, ingressa na Universidade de Cambridge em 1912, tornando-se discípulo do matemático e filósofo Bertrand Russel.
Durante a Primeira Guerra Mundial, retorna à Áustria e é alistado na artilharia do exército. Durante esse período, faz anotações que fornecem as bases para sua única obra publicada em vida: o "Tractatus Logico-Philosophicus (1921, editado no Brasil pela Edusp).
Escrito sob a forma de aforismos, a obra procura marcar os limites absolutos da linguagem, as condições lógicas da enunciação do que ele chama de figurações -os modelos de realidade.
"O mundo é a totalidade dos fatos, não das coisas e, já que nós "figuramos os fatos, "então o que é pensável também é possível -escreve ele numa sequência labiríntica.
Dessa forma, a teoria da significação de Wittgenstein pressupõe que sempre se possa dizer se uma sentença é correta ou não, mas esta verificação se dá pelo exame da estrutura lógica da proposição, e não por sua comprovação empírica.
Em 1929, Wittgenstein volta a Cambridge, onde leciona entre 1939 e 1947, produzindo ensaios publicados postumamente.
O mais importante deles, "Investigações Filosóficas (Vozes), é em larga medida uma rejeição do "Tractatus, que, segundo ele, segundo ele havia imposto um modelo de linguagem à realidade, obscurecendo o fato de que a linguagem cria novas formas de realidade.
Em 1947, Wittgenstein renuncia à vida acadêmica e passa a levar uma vida errante por países como Irlanda, País de Gales, Noruega e EUA -até sua morte, na Inglaterra, em 1951.

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