São Paulo, domingo, 2 de abril de 1995 |
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DEPOIMENTOS
BENTO PRADO JR.
Aluno de Giannotti desde 1956, pude acompanhar -sem jamais poder com ele concordar- um notável itinerário intelectual. Itinerário que, a despeito de seus inúmeros meandros, jamais deixou de ser guiado pela opção teórica que o inaugurou. Uma obsessão original pelos liames problemáticos que poderiam ligar a lógica à sociologia. Digamos desde já, para evitar mal-entendidos, -nem logicismo, nem sociologismo, mas ontologia do social. De Hegel (ou mesmo Kant) a Wittgenstein, passando por Marx e Husserl, a obsessão de Giannotti visa algo como uma teoria dos logos encarnado social ou praticamente. As idéias de medida, de reflexão objetiva, toda uma linguagem e um estilo novos -eis o que nos oferece, na maturidade, a obra de Giannotti. Obra que, além de impressionar seus colegas de escola, levou a filosofia brasileira (com a ajuda de outros, como Marilena Chaui) para fora dos muros da universidade, como exige a vocação fundamental do pensamento. BENTO PRADO JR, é professor de filosofia da Universidade Federal de São Carlos e autor de "Alguns Ensaios -, Filosofia, Literatura e Psicanálise" (Max Limonad, 1986), entre outros Texto Anterior: OBRAS Próximo Texto: DEPOIMENTOS Índice |
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