São Paulo, quarta-feira, 5 de abril de 1995
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Ministro mexicano admite erros

DO ENVIADO ESPECIAL A JERUSALÉM

Uma verdadeira expiação dos pecados que levaram o México a seu atual calvário marcou ontem a abertura da sessão inaugural da 36ª Assembléia anual dos diretores do Banco Interamericano de Desenvolvimento. Discretamente, os erros foram reconhecidos pela pessoa que tem hoje o pior emprego do mundo: Guillermo Ortiz, ministro da Fazenda mexicano.
O primeiro deles foi compartilhado com os investidores internacionais. "'Até o final de 93, existia um amplo consenso, dentro e fora do México, sobre a qualidade das políticas seguidas. Os resultados gerais eram satisfatórios", relatou Ortiz, que terminou seu mandato como presidente do Conselho de diretores do BID.
As incertezas enegreceram o cenário no início de 94, com o assassinato do candidato do PRI à presidência e a elevação dos juros nos EUA. As autoridades mexicanas, segundo o ministro da Fazenda, enfrentaram esta situação, "que foi percebida como transitória" com uma estratégia "gradual".
Foi o segundo erro. "A estratégia foi inadequada, porque o diagnóstico sobre o qual estava baseada não ocorreu: a incerteza política se manteve depois das eleições e o impacto das taxas de juros internacionais mais altas se intensificou e tornou-se permanente".

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