São Paulo, quarta-feira, 5 de abril de 1995
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Brasil "briga" por US$ 7 bi

DO ENVIADO ESPECIAL A JERUSALÉM

Além da fome por recursos externos da Argentina e México, o Brasil também competirá com avidez pelo bolo de até US$ 7 bilhões que o BID pode emprestar anualmente.
"Queremos duplicar o desembolso atual nos próximos três anos e obter US$ 5 bilhões", disse o ministro do Planejamento, José Serra, que representa o Brasil no conselho diretivo do BID. "Buscamos uma reativação importante dos financiamentos externos de longo prazo a taxas moderadas".
Segundo Serra, os desembolsos do BID para o Brasil somam US$ 5,6 bilhões (1,2% do PIB) e os crédito aprovados (incluindo os cancelados) chegam a US$ 10,6 bilhões. E o país tem o segundo poder de voto na instituição.
A Argentina, porém, também quer usar o seu poder de influência. Em discurso lido na sessão plenária, preparado pelo ministro da Economia, Domingo Cavallo -que teve de voltar para seu país devido à morte de seu pai- os argentinos prevêem que pedirão uma revisão das disposições estabelecidas quando do aumento do capital do BID para US$ 100 milhões.
Devido aos efeitos da crise mexicana, 'é muito provável que devamos revisar o limite de 15% imposto aos empréstimos de rápido desembolso", escreveu Cavallo.

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