São Paulo, quinta-feira, 6 de abril de 1995
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Cidade sacode com agitações e terremotos

SILVIO CIOFFI
EDITOR DE TURISMO

San Francisco é uma cidade tremenda. Com mais divórcios do que Nova York, é sede de agitações de todos os tipos: pacifistas, homossexuais e contraculturais.
Plantada sobre a falha de San Andrés, é também literalmente sacudida por terremotos.
Ainda assim recebe 3 milhões de turistas/ano tendo uma população de 800 mil habitantes.
Mas todo esse frenesi não existia há 150 anos, quando San Francisco era um povoado de 50 almas e nome sugestivo: Yerba Buena.
Em 1848, com a descoberta do ouro na Califórnia, o vilarejo se transformou em cidade. A partir daí chegaram asiáticos, negros, europeus e havaianos.
Surgiram indústrias, bancos e esse porto natural voltado para o Pacífico cresceu e se adaptou a uma geografia de altos e baixos.

Terremoto
Em 1906 um terremoto destruiu San Francisco, matando 700 pessoas e deixando desabrigadas 250 mil. Em menos de uma década a cidade estava reconstruída.
Em 1945, San Francisco sediou encontro decisivo na formação da ONU e, em 1951, outra reunião resultou no tratado que pôs fim à guerra no Pacífico.
Cidade de muitas caras, San Francisco é também uma cidade de personalidades.
Antes mesmo de Tony Bennett e Frank Sinatra trombetearem que deixaram lá seus corações, o escritor escocês Robert Louis Stevenson partiu dali, em 1884, para suas viagens pela Polinésia.
Já o arquiteto Frank Lloyd Wright -um dos papas da moderna arquitetura norte-americana- disse no início do século:"o que mais gosto em San Francisco é San Francisco".
Mas há quem ache a cidade fria, como o escritor Mark Twain, autor, no fim do século 19, da frase "o pior inverno que passei na vida foi um verão em San Francisco".

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