São Paulo, sexta-feira, 7 de abril de 1995
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Secretário prevê saldo de comércio de US$ 5 bi

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O secretário Especial de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Roberto Mendonça de Barros, considerou ontem "uma ordem de grandeza razoável" a meta de superávit de US$ 5 bilhões na balança comercial (diferença entre as exportações e importações do país) de 95.
Mas os três primeiros meses deste ano registraram déficit (importações acima das exportações) na balança comercial. Em janeiro e fevereiro de 95, o déficit acumulado é de US$ 1,3 bilhão.
Os números de março ainda não foram divulgados oficialmente, mas a Receita Federal admite que a balança comercial deste mês deve voltar a registrar déficit, entre US$ 900 milhões e US$ 1 bilhão.
Mendonça de Barros disse também que as importações devem cair com as medidas adotadas recentemente pelo governo. Ele não quis comentar as previsões de déficit comercial em março. Disse apenas que a importação de veículos continuou elevada neste mês.
A prioridade na pauta do governo hoje, segundo ele, é resolver os problemas da balança comercial. Esta passou a ser a prioridade da equipe econômica desde que a crise econômica no México se agravou.
O déficit acumulado desde novembro, quando as importações superaram as exportações em US$ 492 milhões, é de US$ 2,7 bilhões (sem considerar o mês de março).
Durante depoimento na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, Mendonça de Barros disse que a elevação da alíquota do Imposto de Importação de 109 produtos para 70% foi uma necessidade e não apenas uma opção do governo.
A medida não representou, segundo ele, nenhum retrocesso na política de abertura comercial.
Mendonça de Barros afirmou ainda que o atual sistema de câmbio não sofrerá alterações. Ele disse que o Plano Real está produzindo resultados positivos e que a inflação está num patamar baixo.

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