São Paulo, sexta-feira, 7 de abril de 1995
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Governo e Congresso batem bola

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Na tentativa de melhorar sua relação com o Congresso e descontrair o ambiente principalmente com a oposição, o presidente Fernando Henrique resolveu apelar para o futebol.
Neste domingo, às 10h, está marcado na Granja do Torto -residência oficial em Brasília não utilizada pela Presidência- um jogo de "futebol society". De um lado, o Poder Executivo. Do outro, o Poder Legislativo.
No "futebol society" o jogo acontece em um campo de grama menor do que o do futebol oficial. O pontapé inicial será dado por FHC, que entregará aos capitães das duas equipes uma flâmula com os dizeres: "Reforma já".
Parte da equipe do Legislativo não ficará satisfeita. O time é formado pelos petistas Paulo Paim (RS), Jair Meneguelli (SP) -ex-presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores)-, Paulo Rocha (PA) e Waldomiro Fioravante (RS) e pelo deputado Ricardo Gomyde (PC do B-PR).
Todos são contrários às reformas na Constituição. Mas, pelo menos, a flâmula será entregue aos deputados Vadão Gomes (PP-SP) e Wigberto Tartuce (PP-DF), que organizaram a "pelada" a pedido de FHC -o PP é aliado do governo.
No Executivo, dois ministros já estão "escalados" -Paulo Renato Souza (Educação) e Sérgio Motta (Comunicações). A posição dos jogadores ainda é uma incógnita.
Enquanto o chefe de gabinete de FHC, Francisco Graziano, jogador e técnico da equipe "executiva", diz que Motta será meio-campista, a assessoria do Planalto garante que ele atuará no gol. "Ele tem que ser goleiro, pois não deixa passar nada contra o governo", diz o assessor de imprensa do Planalto, Tadeu Afonso.
Como joga muito bem, o ministro dos Esportes, Pelé, foi escolhido juiz da partida. Mas não poderá ir porque estará na Argentina no domingo.

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