São Paulo, sexta-feira, 7 de abril de 1995 |
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Secretário faz debate na Folha
DA REPORTAGEM LOCAL O secretário-geral da Anistia Internacional, Pierre Sané, disse ontem, em debate na Folha, que a democracia no Brasil deslocou as violações dos direitos humanos do âmbito político para atingir os marginalizados.Segundo ele, se antes a oposição política ao regime militar era o principal motivo de violações, hoje o alvo são os pobres. Para Sané, o eixo mudou, mas a impunidade é a mesma. Ele apontou três pontos que o Brasil precisa solucionar: 1) a distância entre lei e a aplicação da lei porque "alguns cidadãos são mais iguais do que outros"; 2) alguns aparatos de segurança atuam como "se tivessem direito de decidir sobre a vida e a morte de certos segmentos sociais"; e 3) há um fosso entre Justiça e demanda por justiça. Partiparam do debate "Direitos Humanos em Questão" José Augusto Lindgren Alves, chefe da Divisão das Nações Unidas; Luíza Nagib Eluf, secretária nacional de Direitos da Cidadania do Ministério da Justiça e Roberto Romano, professor titular de filosofia política da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas). Texto Anterior: Governo vai firmar convênio com Anistia Próximo Texto: Operação descida muda a partir de amanhã Índice |
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