São Paulo, sexta-feira, 7 de abril de 1995 |
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Saldo do câmbio volta a ser positivo
RODNEY VERGILI
Alberto Alves Sobrinho, diretor da corretora Fair, diz que os exportadores começam a se convencer de que não haverá a curto prazo nova desvalorização do real e voltam a procurar as instituições financeiras para fechar contratos de câmbio. Alves Sobrinho observa também que as empresas exportadoras estão precisando de dinheiro para pagar seus funcionários e estão vendendo seus dólares para conseguir reais. O saldo total de fechamento de contratos de câmbio financeiro (entradas e saídas de dólares) e comercial (exportações menos importações) foi positivo em US$ 97 milhões no último dia 5. Se os exportadores achassem que haveria a curto prazo nova desvalorização do real, eles esperariam mais algum tempo antes de fechar os contratos, pois receberiam mais reais pelos seus dólares. A maior tranquilidade no setor cambial trouxe otimismo para as Bolsas de Valores. O índice da Bolsa paulista fechou em alta de 2,33%, seguido por elevação de 3,6% no indicador Senn (Rio). A divulgação pelo ministro José Serra de que o governo vai privatizar 17 empresas este ano provocou também maior volume de negócios no mercado acionário. A proximidade do vencimento do mercado de opções (contratos que dão direito à compra ou à venda de papéis a preços previamente fixados) no dia 17 também colaborou para agitar os pregões das Bolsas. O volume de negócios na Bolsa de Valores de São Paulo foi ontem de R$ 280,6 milhões, contra R$ 255,9 milhões no dia anterior. JUROS Curto prazo Os cinco maiores fundões renderam, em média, 0,186%. Segundo a Andima, a taxa do over ficou, em média, em 7,36% ao mês, projetando 4,25% no mês. No mercado de Certificados de Depósito Interbancário (CDIs), as taxas de juros ficaram, em média, a 7,40% ao mês, projetando 4,28% no mês. As cadernetas que vencem hoje rendem 3,2442%. CDBs prefixados de 32 dias negociados ontem: entre 37% e 62% ao ano. CDBs pós-fixados de 153 dias: 14,6% a 14,8% ao ano mais TR. Empréstimos Empréstimos por um dia ("hot money") contratados ontem: a taxa média foi de 8,80% ao mês, projetando rentabilidade de 5,10% no mês. Para 32 dias (capital de giro): de 77% a 127% ao ano. No exterior Prime rate: 9%. AÇÕES Bolsas São Paulo: alta de 2,33%, fechando com 32.545 pontos e volume financeiro de R$ 280,6 milhões. Rio: valorização de 3,6%, encerrando a 15.023 pontos e movimentando R$ 11,9 milhões. Bolsas no exterior Em Londres, o índice Financial Times encerrou a 2.447,10 pontos. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou a 15.815,87 pontos. DÓLAR E OURO Dólar comercial (exportações e importações): R$ 0,893 (compra) e R$ 0,894 (venda). No dia anterior, segundo o Banco Central, o dólar comercial fechou a R$ 0,898 (compra) e R$ 0,900 (venda). "Black": R$ 0,885 (compra) e R$ 0,900 (venda). "Black" cabo: R$ 0,895 (compra) e R$ 0,900 (venda). Dólar-turismo: R$ 0,865 (compra) e R$ 0,905 (venda), segundo o Banco do Brasil. Ouro: baixa de 0,62%, fechando a R$ 11,31 o grama na BM&F. Câmbio contratado O saldo de fechamento de câmbio comercial (exportação menos importação) neste mês até o dia 5 é positivo em US$ 388,72 milhões. As saídas financeiras superam as entradas de dólares em US$ 354,84 milhões. O saldo total (comercial e financeiro) está positivo no mesmo período em US$ 33,88 milhões. No exterior Segundo a agência "UPI", em Londres, a libra foi cotada a US$ 1,6061. Em Frankfurt, o dólar foi cotado a 1,3759 marco alemão. Em Tóquio, o dólar foi cotado a 85,45 ienes. Em Nova York a onça-troy (31,104 gramas) do ouro fechou a US$ 393,70. FUTUROS No mercado de DI (Depósito Interfinanceiro) da BM&F, a projeção de juros para abril fechou a 4,28% e para maio a 4,74% no mês. No mercado futuro do índice Bovespa, a cotação para abril ficou a 36.000 pontos. No mercado futuro de dólar, a moeda norte-americana para abril fechou a R$ 0,915 e a R$ 0,944 para maio. Texto Anterior: Governo arrecada R$ 7,2 bi em impostos Próximo Texto: BB dribla limite de 3 meses no crédito Índice |
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