São Paulo, sexta-feira, 7 de abril de 1995
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Argentina tenta acordo com bancos

SÔNIA MOSSRI
DE BUENOS AIRES

Os banqueiros argentinos resistem a um acordo com o Banco Central sobre a regulamentação do seguro para depósitos bancários.
Eles não acreditam que o presidente Carlos Menem ganhe um segundo mandato já no primeiro turno das eleições, em 14 de maio.
Por isso mesmo, Banco Central e entidades de bancos privados não conseguem chegar a um consenso sobre a modalidade de seguros privados para depósitos.
Os bancos insistem em adotá-los somente após o reordenamento do sistema financeiro, com o fechamento e a fusão de 40 bancos nos próximos 30 dias, ou seja, após as eleições presidenciais.
Menem tenta obter até segunda acordo com a Adeba (Associação de Bancos Argentinos) para poder implementar o seguro de depósitos bancários na próxima semana.
Este seguro é essencial para que não ocorram novas fugas de ativos financeiros, sobretudo com a fusão e fechamento de instituições programado pelo Banco Central mediante o uso de recursos do Fundo de Mobilização Bancária.
A idéia do Banco Central é criar um seguro que garanta 66% dos depósitos até US$ 30 mil, no caso de fechamento de instituições. Os bancos privados aceitam apenas garantir 66% dos depósitos até US$ 15 mil.

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