São Paulo, sábado, 8 de abril de 1995 |
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Refém afirma ter convencido sequestradores
ANTONIO ROCHA FILHO
Lisa foi levada por três homens da porta de casa, no Morumbi (zona sul de SP), na terça à noite, ao chegar da academia de ginástica. Segundo ela, os sequestradores aceitaram sua sugestão de libertá-la após o sumiço de um companheiro. Ele saiu do cativeiro, em um matagal em Mairiporã (Grande SP), na quarta à noite e deveria ter voltado na manhã de quinta. "Ele não apareceu até as 14h. Os outros ficaram com medo de que ele tivesse sido preso. Eu insisti que era melhor me soltarem." Segundo ela, um sequestrador a levou até um telefone público e depois à rodoviária de Mairiporã, onde foi colocada em um ônibus. Chegando ao terminal rodoviário do Tietê, telefonou para casa e avisou a mãe, Ila Franco Bick, que estava livre. O tio, que estava a caminho para pagar o resgate, foi avisado pelo telefone celular. Segundo Lisa, os sequestradores pareciam inexperientes. Ela disse que houve clima de "amizade". "Eles chegaram a dizer que pareciam com Os Três Patetas." Lisa disse que foi não sofreu agressões nem foi ameaçada. "Quando estava sendo levada, tive muito medo de morrer. Mas depois eles me acalmaram." O cativeiro consistia em uma lona amarrada a algumas árvores. Não havia casas por perto. Lisa disse que passou a maior parte do tempo sentada com uma venda nos olhos. Usava o mato como banheiro, só comeu bolacha e bebeu água e Coca-Cola. Lisa só viu o rosto de um sequestrador, que a levou embora do cativeiro. Texto Anterior: Governo tem 12 projetos Próximo Texto: Mãe acredita que foi vingança Índice |
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