São Paulo, sábado, 8 de abril de 1995
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Mãe acredita que foi vingança

DA REPORTAGEM LOCAL

Ila Franco Bick, 48, mãe de Lisa, disse desconfiar que o sequestro da filha é uma possível vingança contra sua família. Dizendo estar em estado de choque, ela não quis dar detalhes sobre o que teria causado essa vingança.
Ila afirmou que não dormiu desde terça à noite, quando a filha foi sequestrada, até sua libertação, na quinta-feira à tarde. "Só ontem (quinta) à noite nós ficamos mais tranquilos", disse.
A mãe de Lisa assistiu ao sequestro. A filha chegava em casa em seu Tipo quando três sequestradores, um de terno, chegaram a pé, armados, e dominaram Lisa e Ila. "Eles me mandaram entrar em casa, colocaram minha filha dentro do carro e a levaram."
Ila teve uma crise de nervos e chegou a quebrar alguns objetos em casa. Ontem sua mão direita estava enfaixada, mas ela disse não lembrar como se feriu.
Damon Franco, irmão de Ila, afirmou que, durante as negociações, os sequestradores foram reduzindo o valor do resgate de R$ 500 mil para R$ 200 mil.
"No último contato, eu disse que só tinha R$ 10 mil e o sequestrador concordou em receber esse valor."
Quando estava na Marginal Tietê, a caminho do local combinado para o pagamento do resgate (na primeira ponte da rodovia Fernão Dias), a polícia o avisou pelo telefone celular que a sobrinha tinha sido libertada. Franco elogiou a Delegacia Anti-Sequestro (Deas). "Eles trabalharam muito bem."

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