São Paulo, sábado, 8 de abril de 1995
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Supermercados recorrem a promoções

ROGÉRIO ORTEGA
DA REDAÇÃO

A queda nas vendas verificada desde janeiro tem forçado supermercados e hipermercados a fazer promoções para voltar a ter os clientes dentro das lojas.
A avaliação é de Omar Assaf, vice-presidente da Apas (Associação Paulista de Supermercados), que considera "assustadora" a retração nas vendas verificada no início deste mês.
Para Assaf, as promoções dos supermercados, aliadas à queda de produtos agrícolas (como arroz e soja) e derivados de carne, têm empurrado os preços para baixo.
Segundo ele, os supermercados não estão repassando reajustes da indústria ao consumidor.
"Ainda estamos em negociação", disse, referindo-se a reunião dos representantes do setor com o secretário de Acompanhamento de Preços, José Milton Dallari, anteontem.
Os supermercadistas se queixaram a Dallari dos aumentos praticados pela indústria. O secretário tem reunião marcada, nesta segunda, com representantes do setor de massas alimentícias e de higiene e limpeza para discutir o assunto.
Na semana de 29 de março a 5 de abril, os supermercados apresentaram redução de preços de 0,54%. É a primeira queda após oito semanas de alta. Na semana anterior (22 a 29 de março), os preços tinham subido 0,48%.
Os hipermercados também tiveram queda no preço de seus produtos -0,46% na semana encerrada em 5 de abril, após três semanas consecutivas de alta. Na semana anterior, houve reajuste de 0,68%.
Os dados são do Datafolha, que pesquisa preços de cem itens nos setores de alimentos, produtos de higiene e limpeza em 18 supermercados e 18 hipermercados de São Paulo.
A queda de preços nos hipermercados foi puxada pelas massas. O paulistano pagou, na última semana, 2,44% a menos pelas massas com ovos.
Nos supermercados, a queda deveu-se principalmente a derivados de carne (-2,04%). A variação foi puxada por apresuntado (-6,56%) e linguiça calabresa (-5,62%)
Outra pesquisa do Datafolha, que apura os preços dos alimentos básicos, aponta alta de 0,22% na semana. Os destaques foram tomate (maior alta, de 21,34%) e bisteca de porco (maior queda, de 4,20%).

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